Relatos dela

            É mais fácil lembrar do quê nos feriu.  Será que você sabe quem você feriu?          Sempre existem as diferenças familiares, seja algo simples como o filho preferido e o filho rejeitado, assumi como a história do filho pródigo. São estágios na ferida emocional, começando bem pequena, com uma simples discriminação, desenvolvendo pessoas inseguras. Com isso, ela sempre terá relacionamentos instáveis e com muita ansiedade por não ter tido uma família segura.  Outras crescem em famílias que se educam com agressão: física, verbal e psicológica, se desenvolvendo como adulto com o padrão de medo, sempre achando que irá sofrer agressões.  Existem outras em que os pais sempre estavam ausentes. Essa criança cresce entendendo que tem que se virar sozinha e não pode confiar em ninguém sendo alguém auto suficiente.  E existe um padrão de pais, pessoas inseguras c...

              Não sou uma expert em relacionamentos, mas todos os em que me propus a viver, foram verdadeiros, pelo menos da minha parte, e se acabou foi por observar que não havia essa via de mão dupla ou alguém verdadeiramente lado a lado.            Às vezes, ter alguém dá medo, por ter que abrir mão da minha autonomia, mas no fundo isso seja uma falsa ilusão, pois quando existe parceria, nada se perde mas sim, se multiplica e se transforma. Talvez, o meu grande defeito é considerar em primeiro lugar o outro e querer uma amizade e estar presente, deixar claro que independente da relação que seja estabelecida, prevalecerá o respeito, parceria e amizade e que poderá contar comigo em todos os sentidos, pois é como sou com meus amigos.                  Tem também alguns critérios que busco em um par. O que...

Saudades de ser eu mesma. Não que eu não tenha sido, mas cansei de tanto tempo ficar pisando em ovos. Quero estar com pessoas que me conhecem e que eu possa me permitir escorregar, dizer o que quero, brincar, falar besteira sem qualquer julgamento. Não ter que ficar provando a todo momento que sou uma pessoa de índole boa e de caráter.  Acho que é saudade dos meus amigos, do meu meio, dos meus... Enfim, acho que é isso!  Estar tão longe de casa, requer um pé atrás com as pessoas, falar o necessário e tentar observar o ambiente antes de se abrir e de ser eu mesma. Aprendi aqui a não falar da minha vida e a não me mostrar, até mesmo para me proteger da minha ingenuidade, aprendi aqui é necessário dar um fora de verdade e deixar claro que você se respeita enquanto pessoa, que não se fala e não expõe da sua vida pessoal para as pessoas que não precisam saber e entender que quando for necessário você deve tocar o foda – se! Que um trabalho é apenas um meio de sobr...

Pai eu creio, mais aumentaí a minha fé!        Nesses quase três meses, já trabalhei em quatro locais diferentes, consegui entrar com o pedido de análise de agendamento de visto, consegui meu segundo contrato de trabalho, estou batalhando para conseguir logo o meu transporte por ter poucos horários de transporte público aqui no Algarve e tudo ser muito longe, para enfim poder estudar.       Conheci alguém que fez meus olhos brilharem e meu coração bater mais forte. Nossa... foram tantas experiências. Acredito que a maior é trabalhar cuidando de pessoas, pois sempre fui muito objetiva e lógica, por sempre trabalhar de forma muito técnica, hoje me pego fazendo cafuné e trocando fraldas.  Como experiência de vida tudo tem sido muito importante e tem mexido comigo, me transformando num ser humano totalmente diferente.      No meu lado profissional, temo em passar o tempo e ter dificuldade em me recolocar, e acredito...